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sexta-feira, 20 de novembro de 2020
Revista Virtual Monte Carmelo nº 171 (setembro-outubro/2020)
sábado, 7 de novembro de 2020
SANTA ELISABETE DA TRINDADE, OCD.
A santidade de Elisabete da Trindade e o "Único Necessário".
"Para mim, a felicidade é me aproximar de Deus, é pôr minha confiança no Senhor Deus, a fim de narrar as vossas maravilhas diante das portas da filha de Sião". (Sl 72,28)
Os Santos só se compenetram profundamente desta evidência quando os cuidados e as cruzes da vida já os libertaram de si próprios. Então começa neles aquela vida deiforme, revestida dos costumes de Deus. Sua fé luminosa e tranquila mostra-lhes todas as coisas na Luz do Verbo. Pela esperança, sentem-se como estabelecidos na posse definitiva das riquezas trinitárias. Seu amor parece identificado com o repouso beatífico em que Deus encontra em si mesmo inefáveis complacências. Sua justiça é a vontade invencível de prestar a Deus, em tudo, honra e glória. Sua prudência mostra-lhes a Providência soberana nas menores particularidades do governo do universo. Possuem aquela pureza inacessível que isola a Essência divina de todo contato criado. Sua força triunfa de todas as agitações humanas e as domina avizinhando-os da imutabilidade de Deus. Este belo ocaso da vida dos santos é uma visão antecipada e pacífica dos hábitos da eternidade. A alma vive em estado deiforme em união com a Trindade.
No último retiro de “Louvor de Glória” Irmã Elisabete mergulhou na leitura das sublimes passagens do Cântico Espiritual e da Chama Viva, em que S. João da Cruz descreve esta transformação da alma na Santíssima Trindade, e que é o ápice de sua teologia. Profunda delícia de sua alma, com fidelidade constante suplicava-se a Deus esta graça suprema. Movida por esse amor, avança ao cume da montanha. Imolada, mas alegre.
Santa Elisabete da Trindade, para quem, a exemplo de Maria Madalena, Jesus foi o seu Único Necessário (P 94), sem relativizar religiosamente o “Evangelho da unidade”, mas tranzendo-O como único caminho de vida e verdade. Para ela, Jesus é o Único Necessário, que viveu explicitamente a “única coisa necessária”, em um duplo movimento, por um lado, a glória do Pai e, por outro, a redenção do mundo. Jesus, “um” com o “Pai” (Jo 10, 30) e “um” com os “irmãos” (Jo 20, 17) foi de fato, o objetivo da vida desta carmelita que quis “entrar no movimento da sua alma divina” (C 138), “identificar-se com todos os movimentos da alma de Cristo”, “como Adorador, Reparador e Salvador”, conforme expressa profundamente na oração de "Elevação à Santíssima Trindade", e assim, “exprimi-lo aos olhos do Pai” (UR 37) e “ser para Ele uma humanidade de acréscimo”.
"Marta, Marta, andas inquieta e perturbada com muitas coisas, mas uma só é necessária" (Lc 10, 4-42).
Incansável em seus conselhos de busca e entrega ao "Único Necessário", Irmã Elisabete no dia 25 de julho de 1902, escreverá à Sra. Sourdon: «Uma única coisa é necessária, Maria escolheu a melhor parte, que não lhe será tirada». E, comenta logo a seguir: «Esta melhor parte, que parece ser o meu privilégio na minha bem amada solidão do Carmelo, é oferecida por Deus a toda a alma de batizado. Ele oferece-lha, querida senhora, entre os seus cuidados e solicitudes de mãe» (C 129). Ela própria participou do dinamismo vital da unidade de amor de Jesus ao Pai e aos homens (Jo 17, 25; 15, 9), como apresenta no seu cântico de Natal: «... “Casa de Deus”, em mim tenho a oração / de Jesus Cristo, o divino adorador / Ele transporta-me às almas e ao Pai / Pois é o seu duplo movimento» (P 88).
"Já chegou, em que os verdadeiros adoradores hão de adorar o Pai em espírito e verdade, e são esses adoradores que o Pai deseja". (Jo 4,23)
Perfeita adoradora da Santíssima Trindade, Santa Elisabete nos traz a certeza de que o grande desejo do Coração do nosso Deus, o da santidade, é realizável apenas pela integridade do interior na presença de Deus, e pela conformação à imagem do seu divino Filho, no «enfrentar todas as coisas com a mesma atitude interior com que para elas se voltaria o nosso santo Mestre», «fundindo perfeitamente n'Ele a nossa vida». Já fomos predestinados em união com Ele, resta agora viver em contato com Ele “por dentro”, «adorar em espírito e verdade», isto é, por Cristo e com Cristo, conscientes de que «um fundo humilde é o vaso de que se necessita para a graça de Deus aí se derramar, como desceu o dom de Deus ao seio d'aquela que foi a sua grande adoradora e portadora, a Virgem Maria, que ficou para sempre a cativa de Deus, modelo das almas interiores que, pela contemplação de Deus e pelo compadecimento humano, possuem a unidade de vida. (cf. CF 24-40)
"O anjo disse-lhe: Não temas, Maria, pois encontraste graça diante de Deus. Eis que conceberás e darás à luz um filho, e lhe porás o nome de Jesus (...) Então disse Maria: Eis aqui a serva do Senhor. Faça-se em mim segundo a tua palavra. E o anjo afastou-se dela". (Lc 1,31-32.38)
Foi, no período de trevas, do mal de Addison (1906) que, ao experimentar as provações mais dolorosas, se deteve na contemplação da alma de Maria e, começou, então, uma nova experiência de intimidade com a alma da Virgem: «nunca a amei tanto... choro de alegria quando penso que esta criatura totalmente serena e luminosa é minha Mãe». Para ela, a Virgem Maria é a sua “Mãe da graça”. «Com ela, partiu, na tarde da sua Assunção, a fim de se preparar para a vida eterna... atraída pela bem-aventurança... o Mestre põe todo o seu cuidado em prepará-la para a eternidade». «Eis o que me quero fazer ensinar: a conformidade, a identidade com o meu Mestre, o Crucificado por amor». Suplicava à Virgem Mãe: “Mãe do Verbo diz-me o teu mistério”. E, foi dela que aprendeu a atitude de profunda adoração na Encarnação, querendo “passar pela terra como a Virgem”. Teve a “Mãe da graça” como “formadora” da sua própria interioridade: introduz n'Aquele que ela penetrou tão profundamente; ensina a adorar Jesus em profundo recolhimento; reveste de Cristo; revela o doce segredo da união e prepara para as bodas do Cordeiro. (CF 38-40; UR 2. 40-41) Na anterior quinzena, já havia escrito: «Há uma criatura que conheceu esse dom de Deus, uma criatura que não perdeu sequer uma parcela dele...».
"Como viesse a faltar vinho, a mãe de Jesus disse-lhe: Eles já não têm vinho. Respondeu-lhe Jesus: Mulher, isso compete a nós? Minha hora ainda não chegou". (Jo 2,3-4)
Ao contemplar evangelicamente toda a vida de Maria, Elisabete veio a saber do Espírito pela Palavra, que a Virgem conheceu o dom desse Amor. Amar como ninguém, no segredo do seu templo, com uma lucidez de penetração na profundidade do Mistério sempre revelado e escondido, na Encarnação ou na Cruz, gerador da humildade do deixar-se amar — que engrandece o poder do seu Amor — para aprender o nescivi do não saber senão amar afetiva e efetivamente. Reside aqui, segundo Isabel, o fundamental da relação de unidade indissolúvel existente entre o “homem” e a “mulher” de Caná da Galileia (Jo 2, 4).
«Amar, é imitar Maria
Exaltando de Deus a grandeza
Quando a sua alma arrebatada
Cantava seu cântico ao Senhor.
Vosso centro, ó Virgem fiel,
Era o aniquilamento.
Porque Jesus, Esplendor eterno,
Esconde-se no abaixamento.
É sempre pela humildade
Que vossa alma o engrandece»
(P 94, 6).
SANTA ELISABETE DA TRINDADE,
Rogai por nós!
Estela da Paz, OCDS.
Comissão de História.
Comissão de Espiritualidade.
Ref.
M.M.PHILIPON, O.C. Doutrina Espirde Irmã Elisabete da Trindade.
REIS. P. MANUEL FERNANDES. Isabel da Trindade: Interioridade Teologal Unificada (I).
3º DIA - TRÍDUO ORANTE COM SANTA ELISABETE DA TRINDADE.
(Estela Maria Teresa de Jesus)
Comissão de Espiritualidade
Ref.:
Elisabete da Trindade. Obras Completas. Editora Vozes.
REIS. Manuel Fernandes dos. OCD. ISABEL DA TRINDADE: INTERIORIDADE TEOLOGAL UNIFICADA (I)
sexta-feira, 6 de novembro de 2020
2º DIA - TRÍDUO ORANTE COM SANTA ELISABETE DA TRINDADE.
De 05 a 07 de novembro de 2020.
(Estela Maria Teresa de Jesus)
Comissão de Espiritualidade
Ref.:
Elisabete da Trindade. Obras Completas. Editora Vozes.
REIS. Manuel Fernandes dos. OCD. ISABEL DA TRINDADE: INTERIORIDADE TEOLOGAL UNIFICADA (I)
quinta-feira, 5 de novembro de 2020
1º DIA - TRÍDUO ORANTE COM SANTA ELISABETE DA TRINDADE.
De 05 a 07 de novembro de 2020.








