quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

O significado de humildade, vaidade e serviço



Na sociedade, a vaidade tem cadeira cativa. Mas a lógica de Jesus Cristo é a do serviço.

Por Dom Murilo S. R. Krieger*
Numa passagem de seu Evangelho (Lc 14,1.7-14), Lucas nos faz entrar, com Jesus, na casa de um fariseu. Em defesa dos fariseus, é bom que se diga logo: participavam desse grupo, surgido um século antes de Cristo, pessoas sérias, que tinham normas morais elevadas e observavam com rigor as leis religiosas.

Ao contrário dos saduceus, facção religiosa judaica da mesma época, os fariseus acreditavam na imortalidade da alma e na ressurreição do corpo. O problema é que sua observância rigorosa das leis aos poucos perdeu o sentido, pois suas ações não eram conduzidas pelo amor, mas pela vaidade. Daí as críticas que receberam de João Batista (“raça de víboras”) e de Jesus (“hipócritas”). Voltemos à casa do fariseu que convidou Jesus para o almoço. Não somos os únicos convidados: muitos outros chegaram antes de nós e, com a maior naturalidade, ocuparam logo os melhores lugares. Jesus a tudo observa e, através de uma parábola, dá uma lição: “Quando fores convidado para uma festa de casamento, não ocupes o primeiro lugar. Pode ser que tenha sido convidado alguém mais importante... Quando fores convidado, vai sentar-te no último lugar... Quem se exalta, será humilhado e quem se humilha, será exaltado.”

Olhemos ao nosso redor, não para julgar os que nos rodeiam, mas para aprender com o seu comportamento. Na organização da nossa sociedade, a vaidade tem uma cadeira cativa. Para muitos, o importante é aparecer e ser admirado por todos, ocupar postos importantes e manter-se em lugares de destaque. Quantas pessoas constroem a sua vida em função de tais desejos, mesmo que para isso seja necessário passar por cima de outros e cometer injustiças! Para eles, o importante é serem admirados, aclamados e louvados. Isso lhes faz bem; deixa-os satisfeitos. Pior para crianças e jovens que nascem e vivem em ambientes assim! Cedo concluem: o dinheiro dá prestígio e poder; o poder dá “status”; o “status” dá felicidade... A vaidade passa, então, a ser vista como uma virtude; as necessidades dos outros, como “azar”, “resultado da preguiça”, “vagabundagem”...

A lógica de Jesus Cristo é a do serviço. Os dons (talentos), as riquezas e o poder devem ser colocados a serviço dos outros. Ele nos ensina que o problema não é ter, mas apegar-se (claro: quanto mais se tem, maior é a facilidade do apego!). Não é errado ter poder; errado é usá-lo em benefício próprio; não é um mal ter inteligência e boa formação: grave é quando tais capacidades são usadas para dominar os outros, de forma rápida e eficaz.

Voltemos nossa atenção para o almoço na casa do fariseu. Tudo indica que convidaram Jesus para melhor observá-lo: quem sabe, poderiam vê-lo cair em contradição em algum ponto importante de sua doutrina... Teriam, então, uma bela oportunidade para criticá-lo. Seu comentário final deve tê-los deixado surpresos: “Quando deres um banquete, convida os pobres, os aleijados, os coxos, os cegos! Então serás feliz, pois estes não têm como te retribuir”.

Para Jesus, o olhar que dá a verdadeira dimensão dos acontecimentos é o olhar do Pai. Afinal, o que levamos dessa vida? Prestígio duramente conquistado? Louvores, elogios e palmas? Ações compradas na Bolsa? Dinheiro aplicado em bancos internacionais? Fama e bom nome?

Todos acreditam na morte; talvez o grande problema é que muitos não acreditam em sua própria morte. Ou, então, acham que só morrerão depois de muitas e muitas décadas. Para esses é impensável assumir como norma de vida a observação de Jesus: “Receberás a recompensa na ressurreição dos justos”.

O Evangelho é uma proposta de vida. Sua verdade não depende de nossa aceitação ou não. Isto é, não é porque nele acreditamos que ele passa a ser verdadeiro; não é porque alguém deixa de acreditar nele que o seu conteúdo não o atingirá. O Evangelho tem em seu fundamento em uma pessoa que morreu e ressuscitou: Jesus Cristo, o filho eterno do Pai. Se o aceitarmos, teremos vida abundante; se não o aceitarmos, nossa vida não passará de uma bela (e efêmera!) bolha de sabão...
CNBB, 27-01-2014.
*Dom Murilo S.R. Krieger é arcebispo de Salvador (BA) – Primaz do Brasil.

sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Confiança

Confia em Deus sem limites. Não obstante as tuas grandes misérias e infidelidades, confia; e depois de teres caído, confia: nunca, nunca, nunca desesperes! A Sua misericórdia é um mar, em relação ao qual as tuas culpas, mesmo as enormes, não podem deixar de se afogar neste mar e desaparecer. Recorda sempre isto. Beata Maria Cândida da Eucaristia | 1884 - 1949 Carta a uma Carmelita Descalça, L III, 26

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Preparação para o V Centenário do Nascimento de Santa Madre Teresa de Jesus



         Como é de ciência de todos, para 2014, a Casa Geral propôs o estudo das chamadas “Obras Menores” de Santa Teresa, dando assim continuidade ao estudo de toda a obra teresiana. 
       É preciso ter em mente que o estudo não contempla todos os textos das obras menores, tarefa praticamente impossível para se realizar em apenas um ano, mesmo que individualmente.
      Para facilitar o estudo, a comissão do V Centenário elaborou uma relação, contemplando textos específicos das obras menores que, por sinal, foram apresentadas no XV Encontro de Presidentes, Encarregados de Formação e Conselheiros de nossa província, realizado em novembro de 2013. E como mostrado no encontro, a relação se encontra no CD que foi entregue e no blog da OCDS.
       Sendo assim, é preciso que percebamos a importância de seguir as orientações da Casa Geral e nos mantermos mais unidos entorno desta preparação que se realiza. Lembramos ainda que isto deve romper os limites de nossas comunidades e grupos e transparecer nas nossas ações cotidianas, já que espiritualidade é vida!
      Deste modo, desejamos que o estudo de toda a obra teresiana fortaleça o vínculo que nos une, e nos faça mais fiéis Àquele que sabemos que nos ama.
Eduardo Mandredini

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

CONCURSO PARA ESCOLHA DO ESCUDO DA OCDS-PROVÍNCIA SÃO JOSÉ


Na reunião do conselho de novembro/2013 em São Roque foi aprovado o CONCURSO para escolha do escudo da OCDS - Província São José.
O escudo acima tem sido usado em alguns de nossos livros e documentos, entretanto não é original da nossa província, mas capturado nas imagens da internet.
Dessa forma, nosso escudo deverá conter:
- identificação de que é referente à OCDS
- homenagem ao nosso patrono São José
Os desenhos dos escudos que concorrerão deverão ser originais e deverão ser enviados para o email noticiasocds@gmail.com até o dia 22/04/2014.
Os membros da OCDS poderão concorrer individualmente ou por comunidade.
O Conselho Provincial escolherá o melhor escudo durante o XXXI Congresso da OCDS, que se realizará em Belo Horizonte-MG, de 24 a 27/04/2014.
O prêmio do vencedor será uma inscrição gratuita para o XI Congresso da OCDS Norte/Nordeste, que se realizará em Fortaleza, de 14 a 17/08/2014.


terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Carmelita Secular recebe premio Jovem Cientista

A Carmelita Secular Maria Eugenia Vieira da Silva, da Comunidade São José de Santa Teresa, da OCDS de Fortaleza-CE é professora da Universidade Federal do Ceará e orientou a pesquisa do estudante de engenharia mecanica Osvaldo Assunção Mendonça, cujo tema foi: "Desempenho do dessalinizador térmico com estágios de recuperação de calor". 

O trabalho recebeu a segunda colocação na categoria de "Estudante de Ensino Superior" no 27º Premio Jovem Cientista, que abordou o tema: Agua, desafios da sociedade". 3226 trabalhos concorreram em 04 categorias. A premiação foi entregue pela Presidente Dilma Roussef em solenidade no Palácio do Planalto no dia 16/12/2013.


Eugenia recebendo os cumprimentos da Presidente Dilma

Eugenia com o estudante Osvaldo e o senador José Pimentel

 Eugenia fez questão de comparecer a solenidade com a Cruz do Carmelo ao pescoço




"A promessa da pobreza busca o uso evangélico dos bens deste mundo e dos talentos pessoas e o exercício das próprias responsabilidades na sociedade, na família e no trabalho, colocando-se com confiança nas mãos de Deus"  (Constituições da OCDS, art. 14)

I ENCONTRO CARMELITANO PARA LEIGOS


Vídeo da OCDS

Vídeo apresentado pela OCDS no V Capítulo dos Frades da OCD da Província São José no dia 09/01/2013, no Centro Teresiano de Espiritualidade, em São Roque-SP. O vídeo traz fotos de eventos e congressos da OCDS. A música de fundo é o Hino da OCDS, na voz de Luis Carlos Belizário, o qual é compositor da música na letra de Cláudia Maria Rodrigues Pinto.

CAPÍTULO PROVINCIAL - 9 de janeiro




Ordem dos Carmelitas Descalços


Posted: 09 Jan 2014 03:26 PM PST
Hoje, no período da manhã, monjas carmelitas descalças e membros da OCDS apresentaram aos frades capitulares as urgências, os desafios e a beleza de nosso carisma. Pois, o Carmelo Descalço é na Igreja uma única Ordem com três formas de viver o carisma: frades, monjas e leigos (OCDS).

Representantes das três associações das monjas carmelitas, no Capítulo Provincial:

Madre Elisabeth: Priora do Carmelo de Passos-MG e coordenadora da Associação São José;

Irmã Teresa Benedita: monja do Carmelo de Propriá-SE e coordenadora da Associação Santa Teresa de los Andes;

Irmã Madalena: monja do Carmelo de Jundiaí-SP, representando a coordenadora da Associação Santa Teresa de Jesus.

Madre Maria Ana: Priora do Carmelo de Campinas-SP.

Madre Elisabeth, Irmã Teresa Benedita, Frei Cleber, Irmã Madalena e Madre Ana.

Representantes da Ordem Secular (OCDS):

Luciano Dídimo – Presidente Provincial (Fortaleza-CE);
Rose Piotto – Vice Presidente Provincial (Passos-MG);
Ruth L. Vieira– Secretária (Fortaleza-CE);
Edna de Jesus– Conselheira Provincial (São Roque-SP).

Edna, Rose, Luciano e Ruth

À tarde, continuamos com a discussão das questões internas da Província. Além disso, o nosso Padre Provincial publicou novas nomeações:

PÁROCOS:

Rio de Janeiro-RJ: Frei Fábio Magno
São Paulo-SP: Frei Fabiano Alcides
Belo Horizonte-MG: Frei Leandro Alcides
Caratinga-MG: Frei Francinaldo Lustosa
Marechal Deodoro-AL: Frei Everaldo
Handel-Holanda: Frei João Bonten

DELEGADOS OCDS:

Norte\Nordeste: Frei André Severo
Sudeste\Centro-Oeste: Frei Pierino Orlandini
Jovens OCDS: Frei Antônio Júnior Gualberto
Fonte: http://provsjose.blogspot.com.br/2014/01/capitulo-provincial-9-de-janeiro.html

domingo, 12 de janeiro de 2014

EXORTAÇÃO DO SANTO PADRE FRANCISCO AOS SACERDOTES.







Tema: “Somos Ungidos pelo Espírito”.

Cidade do Vaticano, 11 de janeiro de 2014.
Como todas as manhãs, o Santo Padre celebrou Missa na capela da Casa Santa Marta, onde reside, no Vaticano. Com ele concelebraram o Cardeal Ângelo Bagnasco, presidente da Conferência Episcopal Italiana, acompanhado de um grupo de sacerdotes da sua Arquidiocese de Gênova. O Pontífice dirigiu toda a sua homilia aos sacerdotes, partindo da Carta de São João, que diz: “Temos a vida eterna, porque acreditamos no nome de Jesus”. Por isso, se questionou sobre a relação do sacerdote com Jesus, porque a força do ministério sacerdotal consiste nesta relação.
Jesus, explicou o Bispo de Roma, se apartava, em lugares tranquilos, para entrar em contato íntimo com o Pai. E se perguntou: “Qual o lugar que Jesus ocupa na vida sacerdotal”? Será uma relação viva, entre discípulo e Mestre, de irmão com irmão, de um pobre homem com Deus, ou uma relação artificial, que não brota do coração? E respondeu: “Somos ungidos pelo Espírito. Mas, quando um sacerdote se distancia de Jesus Cristo, pode perder esta unção. Essencialmente, ele tem esta unção, mas, a pode perder. Ao invés de ungido, ele acaba sendo untado. Aqueles que colocam a sua força em coisas artificiais, nas vaidades, em uma linguagem afetada, não estão em união com Jesus Cristo: são homens untados”.
Nós sacerdotes, disse o Papa, temos tantas limitações, somos pecadores. Mas, se nos dirigirmos a Cristo, se buscarmos o Senhor na oração, com uma oração de intercessão e de adoração, então, seremos bons sacerdotes, apesar de pecadores. O centro da vida sacerdotal é Jesus Cristo. Caso contrário, o que deveríamos dizer às pessoas?
O Santo Padre concluiu sua homilia dizendo que as pessoas sabem quando um sacerdote não é fiel, quando não é verdadeiro e são idólatras ou devotos do deus Narciso. Ao encontrar um desses sacerdotes, dizem: “Coitados”!
Então o Papa aconselhou: “Vocês, que celebram a Missa comigo, e todos os demais sacerdotes, peço que não percam esta relação com Jesus Cristo! Ele é a nossa vitória”! 



sábado, 11 de janeiro de 2014

Papa em Sta. Marta: recitar o Credo com o coração e não como papagaios

Francisco recorda que a fé exige duas atitudes: 

confessar Deus e confiar em Deus

 
O Papa chamou atenção para os “cristãos derrotados”, cristãos pela metade” durante a homilia em Santa Marta nesta manhã de sexta-feira. Por isso, ele recordou que “a fé tudo pode” e “vence o mundo”, mas é necessário confiar em Deus.

O centro da homilia foi a primeira carta de São João, em que o apóstolo insiste sobre a palavra que, para ele, é a expressão da vida cristã: “permanecer no Senhor”, para amar a Deus e o próximo. Este “permanecer no amor” de Deus é obra do Espírito Santo e da nossa fé, e produz um efeito concreto. Francisco afirmou que “quem permanece em Deus, quem foi gerado por Deus, que permanece no amor, vence o mundo e a vitória é a nossa fé. Da nossa parte é a fé. Da parte de Deus, o Espírito Santo, que realiza esta obra da graça. É forte! Esta é a vitória que venceu o mundo: a nossa fé! Nossa fé pode tudo! É a vitória! E seria bom se repetíssemos, a nós mesmos, porque muitas vezes somos cristãos derrotados. A Igreja está cheia de cristãos derrotados, que não acreditam nisto: que a fé é vitória; que não vivem esta fé. Se não vivem essa fé,existea derrota, e vence o mundo, o príncipe do mundo”.

O Papa recordou que Jesus louvou muito a fé da hemorroíssa, da cananeia e do cego e dizia que quem tema fé do tamanho de um grão de mostarda pode mover montanhas. “Esta fé exige duas atitudes: confessar e confiar. Sobretudo, confessar” – destacou o Santo Padre.

A fé significa confessar Deus, mas o Deus que se revelou a nós, desde os tempos dos nossos pais até hoje; o Deus da história.É isto que recitamos todos os dias no Credo. Uma coisa é recitar o Credo do coração e outra coisa como papagaios, não é? Creio, creio em Deus, creio em Jesus Cristo, creio ...Eu creio no que digo? Esta confissão de fé é verdadeira ou eu digo decorado,porque se deve dizer? Ou creio parcialmente? Confessar a fé! Inteira, não apenas uma parte! E devemos custodiar esta fé, como chegou a nós através da tradição: toda a fé! E como posso saber se confesso bem a fé? Através de um sinal: quem confessa bem a fé, toda a fé, tem a capacidade de adorar, adorar a Deus”.

O Papa continuou destacando que “nós sabemos como pedir a Deus, como agradecer a Deus, mas adorar a Deus, louvar a Deus, é algo mais! Somente quem tem esta fé forte é capaz de adoração”.

O Santo Padre acrescentou: “Eu me atrevo a dizer que o termômetro da vida da Igreja está um pouco baixo nesse sentido: há poucos com capacidade de adoração, “não temos muito, alguns sim...” E isso acontece porque “na confissão da fé não estamos convencidos, ou estamos convencidos parcialmente”. Por isso- explicou o Papa- a primeira atitude é confessar a fé e guardá-la. A segunda é “confiar”.

Deste modo, concluiu o Santo Padre: “o homem ou a mulher que tem fé, confia em Deus: se entrega! Paulo, num momento escuro de sua vida, dizia: 'Eu sei bem em quem tenho acreditado'. Em Deus! Em Jesus Cristo! Confiar: isso nos leva a esperança. Assim como a confissão da fé nos leva à adoração e ao louvor a Deus, confiar em Deus nos leva a uma atitude de esperança. Existem muitos cristãos com uma esperança aguada, pouco forte: uma esperança fraca. Por quê? Porque não têm a força e a coragem de confiar no Senhor. Mas se nós cristãos cremos confessando a fé, e também a guardamos, custodiando-a, e confiando em Deus, no Senhor, seremos cristãos vencedores. E esta é a vitória que venceu o mundo: a nossa fé!”

Por Redação - ROMA, 10 de Janeiro de 2014 (Zenit.org)

 
 
 

A VERDADEIRA ORAÇÃO (trecho de carta de Santa Madre Teresa de Jesus ao padre Jerônimo Gracián)




“O fato é que, nestas coisas interiores de espírito, a oração mais aceita e segura é a que deixa melhores efeitos. Não me refiro a inspirar logo muitos desejos, pois estes, embora apreciáveis, nem sempre são como os pinta aos nossos olhos o amor-próprio. Chamo efeitos quando são confirmados por obras, e os desejos da honra de Deus se traduzem em trabalhar por ela muito deveras e empregar a memória e o entendimento em investigar os meios de agradar ao Senhor e mostrar-lhe melhor o grande amor que se lhe tem.

Oh! É esta a verdadeira oração, e não uns gostos que só servem para nosso deleite e nada mais, pois quando se oferecem as ocasiões de que falei, há logo muita frouxidão, temores e susto de que nos faltem com a estima. Outra oração não quisera eu, fora da que me fizesse crescer nas virtudes. Se fosse acompanhada de grandes tentações, securas e tribulações, porém, me deixasse mais humilde, a essa teria eu por boa, pois consideraria mais oração aquilo que mais agradasse a Deus.
Ninguém pense que não está orando aquele que padece: já que se o está oferecendo a Deus, ora incomparavelmente melhor, muitas vezes, do que outro na solidão, a quebrar a cabeça, imaginando ter oração quando consegue espremer algumas lágrimas.”

Trecho da carta de Santa Teresa de Jesus ao P. Jeronimo Gracián, 23 de outubro de 1576.


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